Desde 2016 que tenho acompanhado as iniciativas da cooperativa cultural Lavrar o Mar, especialmente os projectos “Lavrar o Mar – As Artes no Alto da Serra e na Costa Vicentina” e “Lavrar o Mira e a Lagoa – As Artes Além Tejo”. O impacto destas iniciativas na dinâmica cultural destas regiões de baixa densidade populacional é imensa e indelével. Um dos projectos âncora é o Teatro de Palha, belas peças de arquitectura efémera desenhadas pelo Pedro Quintela – O Espírito do Lugar, que são simultaneamente esculturas e sala de espectáculos. Esta selecção de imagens dos trabalhos, montagem e outros momentos menos “visíveis” é minha forma de prestar homenagem todos os intervenientes e protagonistas. A minha forma de trabalhar, seja com palha, com rochas, com belos mamíferos, com matérias menos palpáveis… é sempre a mesma e os salpicos de poeira, de fragmentos de feno, de água, de neve… são apenas parte do tempero.